A beira de um precipício!

Depois de um breve sono acordei. Ao abri os olhos estava rodeado de pessoas que velaram meu sono, mas ao fundo enxerguei pessoas que me apontaram e me retalharam durante o período que estive adormecido.
Aquele café forte ainda tinha o mesmo sabor, as cordas do meu violão ainda emitiam o mesmo som e natureza vivida do calor dos meus pensamentos ainda borbulhavam de forma efervescida.
Pensando em algumas coisas que aconteceram, tive a impressão de ter te encontrado em um local qualquer. Lembro vagamente do momento em que o queria me dizer foi engolido pelo orgulho, deixando transparecer um sorriso de satisfação no canto de sua boca.
Tudo na vida é uma lição, quando lhe falta fé e amor à vida passa a não ter mais sentido. É preciso amar e acreditar, é preciso falar com o coração, jogar as magoas foram e dar espaço a esperança.
Estive a beira do precipício, media a distancia para minha queda, senti o vento tocar meu rosto, e o arrepio correr pela minha espinha dorsal sinalizando que ela estava presente. Nesse momento precisei de ajuda, precisei de Deus, precisei de amor. A minha autossuficiência foi jogada barranco abaixo e o carinho do seu sorriso me chamando para dentro da sua redoma de vidro me salvou.
O melhor de tudo aconteceu depois, pude sentir o frio na barriga do primeiro instante e a ansiedade antes maléfica agora benéfica proporcionando um sentimento infantil. Lembro de ter te comparado a uma joia rara em meio a milhares de bijuteria.
Com tudo, alguns vícios foram deixados para trás. A tempos não sinto o gosto amargo de um bom Chivas 12 anos. A fumaça que embaçavam meus olhos ficou em uma vaga lembrança. E hoje em uma tarde ensolarada porem fria, estou a mercê de um suco de abacaxi rabiscando um guardanapo com letras ilegíveis e gramatica ruim.
A farsa desfaçada em palavras bonitas não me afeta, quero ação e demonstração pratica do quer me dizer. Um obrigado não substitui atitudes e lagrimas não exuma culpa. Me falta paciência para futilidades e credo para coisas surreais.
A praticidade de minha mente me assusta e algumas coisas obvias me pareceram de forma clara. Na vida tudo é consequência, para morrer basta está vivo, para amar basta não está disponível, para surtar bastar se acha sã, para cair basta está nas pontas dos pés. Para odiar basta um dia ter amado. Para dizer coisas que machuque basta ter pensado, para contemplar o mal basta ter desejado e para viver em paz basta amar e ser amado.

A Síndrome!

Madrugada a dentro estava eu com os meus próprios medos, preso em minha própria síndrome de achar que a hora era é chegada. Um ano inteiro se passou e muita coisa mudou, mais aqui dentro o sentimento de que tudo vai acabar de uma hora pra outra é mais evidente que nunca.

As minhas teorias sobre o que vem depois são falhas, não consigo me convencer de minha própria opinião, vou na contra mão do que falo, penso e escrevo. A verdade é uma só, o mundo e todas as coisas pertencentes a ele gira em torno de você, em alguns casos somos meros coadjuvante de outras historias.

Ao som de Johnny Cash e June Carter, com a musica “The ring of fire” a noite calorosa em nosso aconchego pareceu eterna. Não me pergunte o que vem depois, quero amar sem me relacionar, quero esperar sem certeza ou convicção, assim não atraio a decepção.

Disse a você que meus reais valores estão preso em uma caixa submersa nas profundezas de meu coração. Seus lábios finos desenharam um sorriso que parecia ser irônico, mais a natureza da sua voz evidenciou o que era exato e seguro como uma rocha. Sem cautela ou cerimonia a iniciativa partiu de você, minha visão se fez turva e o que sobrou, ou o que me restou agora tanto faz.

Não vim aqui pra falar de você, mas sim daquela madruga quente e solitária em um quarto abafado. Onde os vampiros famintos na escuridão dos meus pensamentos desejavam beber meu sangue. A palpitação continuou, e o sentimento que ela estava perto era conturbador, sentia seu cheiro e a eminencia da minha redenção. Nem o meu ciclo de vida que completará mais um ano era capaz de me distrair. Quase uma hora inteira de completa aflição e ela se foi, tão incognitamente quanto veio. Minhas pernas bambas e minha boca seca comprovaram que ela esteve ali.

Mesmo sem te conhecer sei que eis fria e imparcial, tenho a impressão de que já te abracei e deitei em seu colo em um breve sono. Mais cedo ou mais tarde a nossa hora chega e sentimos a nossa alma evaporar de nosso corpo deixando-o pálido, em uma sonolenta e mórbida demonstração da lei natural da vida.

Seja como for desejo saber porque teima em me visitar. Porque gosta de mostrar que existe e está a minha espreita almejando ardentemente o meu ultimo suspiro?!  

 

Traumas da Alma!

Só levamos dessa vida os nossos valores e aprendizados, seu rosto bonito e sua riqueza confortável só te acompanham até o caixão. Depois que a terra nos abraça somos todos iguais, e não a nada no plano em vivemos que possa mudar isso, nada que interrompa o ciclo transcorreste e natural da vida.
Não podemos deixar que nossos traumas se estendam além do nosso ciclo. Não podemos permitir que traumas de vidas anteriores afetem o nosso cotidiano.
O que nos leva a evolução é a capacidade que adquirimos de absolver o que perdemos. A vida para muitos de nós é feito de percas. Vivemos de maneira constante perdendo tempo, então devemos fazer de cada segundo eterno, e que cada segundo perdido se transformem em gloriosas experiências.
Perdemos dinheiro, paixões, entes queridos. Só não podem perder a nossa essência. Afinal, os eventos acontecem por etapas sendo que, mas cedo ou mas tarde, a vida que levamos também perderemos. E o que nos resta depois? Cabe a mim e a você escolher o que queremos.
O nosso tempo pode ser muito curto para deixarmos que velhos complexos ou traumas atrapalhem nosso aprendizado. Alguns têm medo da morte, outros de se relacionar, já outros do próprio amor. Já vi gente que tinha medo do escuro, também conheço alguém que tem medo de sua timidez e já convivi com alguém que tem medo de constituir uma família. É importante abstrair, é importante acreditar em Deus acima de tudo, é importante viver o hoje sem os anseios do amanhã, é importante esquecer o passado não deixando que ele vire retrocesso, é importante caminhar para frete de queixo erguido, é importante ajudar o próximo, é importante compartilhar o amor.
A nossa cor de pelo, a nossa classe social, a nossa inteligência, a nossa forma de falar, o nosso credo, a nossa religião, a nossa opinião. É tudo relativo, tudo abstrato e nada duradouro, desde inicio somos todos iguais, viemos de um só criador e de um único lugar.
Muitos dos nossos traumas de hoje são retrocedentes. E há um em especial que não podemos deixar que suje nossa alma, não somos superior a ninguém. Não devemos esperar a morte nos mostra que somos iguais, é nossa missão perceber isso antes que ela chegue. E quando ela vier tenha consigo o amor, pois do outro lado é a moeda de maior valor. É o que vai te guiar até os braços de Deus o nosso bondoso criador.

Tonalidade!

Em sua intensidade existe a tonalidade preferida dos bons amantes.
É a totalidade obcecada e inofensiva, é o desejo sempre presente de querer ter você por perto, é a vontade ardente, é o que consome a mente, é a própria realização dos meus pensamentos.
É o querer por merecer, é o agir sem pensar, é a boa distração, é abstração do que é ruim, é o relapso das minhas ações.
É o meu mergulho no infinito, é o meu salto do abismo, eis o meu paraíso, o motivo do meu riso.
É o amor com sabor de fruta mordida, é a ausência da carência e inexistência da solidão, é a abstinência de carinho e exaustão de afeto, é minha própria existência, é o que tenho de mais concreto.
É a pureza e malicia, é a inconstância recolhida, é a inercia perdida, é o futuro e o presente, é o meu hoje que se fara sempre, é o meu maior desejo agora, é o minuto perdido nas horas, do vago espaço tempo, da eternidade que é estar longe de ti.
Você é a minha loucura mais sã, o meu sonho mais real, a minha realidade mais surreal, a imagem mais perfeita, a maravilha mais colossal, é o fim do temporal e o meu dia do sol.
É a alíquota total do amor que ainda me resta, é o começo da festa e minha ultima oportunidade para amar.

Autossuficiência Feminina!

Conheci mulheres de diversos tipos, com jeitos distintos e raras ambições. De longe, as que mais me chamaram a atenção foram as independentes. De modo geral, são todas bem resolvidas, sabendo desde cedo o que querem conquistar. São indiferentes as infantilidades masculinas. Moldadas em uma carapaça que se torna cada vez mais resistente e cada vez menos afetada pelas pedras que encontram no caminho.
Sendo homem e admirador dos trejeitos e sensualidades femininas. Não poderia deixar de observa essa espécie fantástica que se destaca das demais. Observando e contemplando, contemplando e admirando. Pude perceber sem me perder nas curvas do seu belo corpo, que de fatos os homens não conseguem notar alguns detalhes óbvios. São poucos aqueles que enxergam por trás da carapaça, sem projetar seu desejo operante por sexo.
Algo que considero um tanto curioso é que quanto mais me afasto desse tipo especifico de mulher mais elas se aproximam. Nossos destinos sempre se esbarram, em um bar, na padaria ou em uma conversa por uma rede social. Eu que sempre desejei uma mulher do lar, que se importasse com a casa, com a família, que estivesse a minha espera depois de um dia de trabalho com a janta feita, e pronta pra fazer sexo. Na pratica esse pensamento machista se desfaz cada vez que sou desafiado e vocês me provam que o mundo não funciona mais assim.
Talvez seja isso que a vida esteja tentando me ensinar. As mulheres são muito mais que uma noite de prazer. Em seus complexos e feminilidades desejam ser amadas, adoradas, elogiada e surpreendidas. As mulheres independentes não procuram alguém que as entendam, até mesmo porque a complexidade de seu temperamento torna isso impossível. Procuram alguém que some e compartilhe dos seus mesmo objetivos.
Sou um amante a moda antiga, e é obvio que as coisas perderam o encanto. Em um mundo onde as pessoas casam e descasam em tempo recorde, é natural que ninguém esteja engajado a relacionamentos sérios, sem antes conhecer todos os precedentes do oposto. Mas perder o encanto não significa perder o sentido. Hoje a malicia é mais evidente, não espere encontrar uma mulher em uma balada qualquer e leva-la para cama, no dia seguinte se gabar por isso, quem foi mais um numero e tratado como objeto foi você. Considero isso estranho, vivemos em um mundo onde todos praticam o desapego.
O que posso concluir dessa espécie fantástica é que; “o tamanho da autossuficiência de uma mulher é o tamanho de sua ineficiência sentimental. Não me refiro à ausência ou carência de sentimento, mas da excelência e da plenitude de seu comportamento indomado”.

Aprendizado!

Aprendi que quando o amor não é suficiente é porque ele nunca existiu.
Que noites mal dormidas são preocupações reprimidas.
Que um não, um talvez e um sim. São separados pela minúscula inércia volúvel de cada um.
Que você fica mais bela fora da redoma de vidro do que presa nela.
Que os círculos de segurança é uma forma de proteção extremamente frágil.
Que seus olhos anil ainda tem muito que aprender com a vida.
Que uma leoa perde a sua coroa mais nunca sua majestade.
Que o ser humano é a pior das espécies, principalmente aqueles que são de má índole.
Que o poder de uma escolha, atingi níveis imensuráveis.
Que sou um canastrão de botas a moda antiga.
Que a minha infantilidade não é maior que minha cede de conhecimento.
Que me dizer não, é pedir pra que eu insista no sim.
Que o mundo não gira em torno de mim, e sim que eu giro em torno dele.
Aprendi amargamente que o julgamento precipitado nos leva a cometer enormes equívocos.
Que a evolução não vem com os acertos, mas sim, com o que foi aprendido com os erros.
Que insistir em algo que se perdeu é da murro em ponta de faca.
Que aquele beijo roubado tem mais sabor do que o gosto amargo daquele forçado.
Que boas companhias são essenciais na construção de um bom caráter.
Aprendi que não podemos ser perfeitos mais podemos ser melhores.
Que não quero que qualquer esbarrão se torne um caso.
Perdi muito tempo buscando a perfeição.
Aprendi que buscar a perfeição é encontrar a solidão.
Perdi muito tempo, em acreditar que algo dure pra vida toda.
Aprendi que o pessimista nunca se frustra.
Perdi tempo e uma infinidade de momentos me preocupando com pés descalços.
Aprendi que certas coisas não mudam, e devemos ser capazes de entender isso.
Agora quero o bem e não mais o mal, quero que o tempo passe leve e breve ao seu lado.
Quero arrancar sorrisos inesperados, lagrima sem sacrifícios, prazer naturalizado.
Quero me fazer presente, e está em cada pensamento, abraçar cada momento como o ultimo.
Quero mais querer, quero mais de você, quero em fim descansar em um lugar bom pra sonhar.
Quero amar e ser amado, gratuitamente não forçado.
Desejo acima de tudo, que todos levem consigo o que a desejam de melhor na vida.
E não necessariamente isso é igual pra cada um.
Uns prefere o amor, outros o dinheiro, alguns a maldade.
Quero que em cada ato tudo desejado se multiplique.
Quem plantar o amor colherá amor, quem plantar a dor colherá dor.
E assim, nada mais que justo que seja exercido o fluxo transcorreste da vida.

Redoma de vidro!

Quando seus lábios harmoniosamente tocaram os meus, os seus olhos procuram abrigo sem leme no vazio deliberado dos complexos feminis. Ao dilatar de suas pupilas equilibrando as diretrizes permitindo que os meus os olhos buscassem os seus e a trouxesse perto de mim. Senti seu corpo corresponder, quando sua mão delicadamente acariciou meu rosto, e levemente te prendi pela cintura, exercendo a minha função predominante. Nossas respirações se equivaleram e transmitiram a química exata no coeficiente fugaz denominado paixão, ao mar de lúbricos pensamentos desajeitados e incrédulos, ainda relutante ao que se fazia eminente.

Solitário, vago e inatingível, eis o que me resta das sutilezas fúteis. No entanto, regredi ao meu eu mais primitivo, deixando renascer os instintos primordiais das estirpes mais antigas, coaguladas no sangue efervescente da natureza humana. Detalhes como seu vestido branco rodado, em contraste com seu cinto fino verde água, a combinar com uma sombra delineando seus olhos grandes e esperançosos. Por diversas vezes te elogiei, outras tantas te puxei junto a mim e te enfartei de beijos, deixando evidente seu belo sorriso de dentes brancos e perfilados, em uma pequena boca desenhada com leves traços atingindo a perfeição. Com seu jeito afável me disse nas entrelinhas de um “até logo” que me deseja ver novamente, de novo e outras vezes.

Assim se repetiu, e se repete até hoje a ponto de desperta uma forte avidez em mim, de ter você em um relicário, exposta em uma redoma de vidro. Para assim, contemplar todas as manhãs uma das maiores obras do nosso criador. Algo me diz que querer te roubar pra mim seria umas das maiores atrocidades ou feitos já realizada por um mortal. Afinal, nem os deus e herói gregos conseguiram aprisionar a mais bela das filhas de Afrodite. Assim como sua mãe, você foi criada das espumas do mar, concebida para eleger  seu companheiro, o mais forte e bravo guerreiro que sobressai-se a sua casta. Quem dera pode ser tal felizardo. Com tudo não sendo eu, estou um tanto inclinado a cometer uma das maiores atrocidade…

Destino!

Nossa existência é sobrenatural o bastante para duvidarmos de algo que ultrapasse as forças naturais da vida. O destino sobressai à compreensão humano, de maneira que coloca em duvida o livre arbítrio. Acreditar que nascemos marcados por uma missão, ou algo a ser realizado do qual não poderemos fugir é tolice.

É coerente dizer que todos nós temos escolhas, tais escolhas refletem de modo absoluto no cotidiano e na vida que levamos hoje. Eventos marcados em determinados pontos de nossa passagem terrena é chamado destino. Os destinos se cruzaram, e quando isso ocorre, absolvemos e compartilhamos experiências. Fugir de tal contexto é totalmente possível, afinal, se falamos do sobrenatural o impossível é surreal. E a simples ida a padaria na esquina da sua casa, pode acionar fatores bons e ruins, com tudo, você sempre tem uma escolha.

A humanidade, e quando falo isso me refiro a todos ser que habita este planeta e universo visível, fazem parte de uma missão maior. Um conjunto de escolhas podem fazer uma bomba explodir bem ao seu lado e gerar uma desastrosa 3º guerra mundial. Eventos naturais reforçam a lei da causa e efeito. Isso enaltece o poder de uma escolha.

Subimerso em meus pensamentos. Pude contemplar a voracidade com que as ideias corriam em minha mente, me fazendo gerar formulas de uma possível existência. Imaginemos que todos têm um destino ou missão, e quando cada “ser” surge, um caminho é traçado. Mas para todo caminho ha um fim a sua espera, com tudo, o fim seria algo possível, e como falar do sobrenatural é falar de coisas impossíveis a nossa compreensão. O fim é só um novo começo. Um ciclo que se encerra é outro que se inicia, paralelo ou continuo.

Seria muita presunção nossa acreditar que o ser humano existe para; nascer, reproduzir e morrer. O que nos difere dos demais animais, é nossa capacidade e inteligência, que nos permite entender que a morte existe. Sabemos que a morte é algo desconhecido. Seria ela um ponto final no destino? Com certeza não. A morte nada mas é que uma porta que nos leva para outro ponto, algo que abala levemente a camada da realidade, e nos coloca de frente para um novo caminho a ser seguido.

Quando um ciclo se encerra e outro inicia, estamos novamente buscando algo um tanto peculiar nos dias de hoje. A famosa felicidade. Sendo o ser humano uma variável de sentimentos inconstante, a ausência da felicidade a torna importante. E as leis da sobrenaturalidade fazem com o que os destinos se cruzem, nos permitindo transmitir esse grandioso sentimento a nossos semelhantes. Como dito antes, sempre temos uma escolha isso é fato. No entanto, o destino é mutável e certas experiências são substanciais. Uma delas é a morte, dentre tantas a que mais contemplo é o amor, sentimento entrelaçado a alma humana, algo herdado de nosso criador. Alguns desvirtuam tal sentimento, outros o ignoram, alguns dificilmente entenderão que a felicidade é consequência, e que precisamos amar a todos deliberadamente, sem fazer distinção de cor, credo ou opinião. Essa é a grande chave para nos libertar do “Ciclo destino”, alimentar nossa alma e evoluí-la, para enfim voltarmos a essência de Deus, nosso bondoso criador.

Passado, presente e futuro!

O tempo transcorre de maneira singular ao único sentido?

Sabemos que passa de maneira diferente para cada um de nos. A noção do tempo ocorre de forma rápida ou lenta, o que o tornar relativo. Relativo quer dizer que nada tem de absoluto; que depende de outra coisa. Do que depende? De uma referencia? Se for relativo podemos dizer que é variável, sendo variável ele é inconstante, nos levando a concluir que ele não transcorre em um único sentido. Podendo ele ter parâmetros; como inicio e meio, já que é relativo não é possível dizer que tem fim, permitindo que sempre volte para o mesmo ponto, ou se desloque para outros, gerando assim universos paralelos.

Chegamos então a um fenômeno que cientistas e religiosos não definem muito bem. Mas existe e tenho certeza que já ocorreu com você. Falo do um termo francês déjà vu, que significa, literalmente, “já visto”. Nos dar sensação de familiaridade com algo que, aparentemente, está sendo experimentado ou vivenciado pela primeira vez. Por exemplo, talvez você esteja jantando com um grupo de amigos, falando sobre um determinado assunto, quando tem a sensação de que já vivenciou esse momento – os mesmos amigos, o mesmo jantar, o mesmo assunto.

Outro dia ao sentir essa sensação, quis saber ao que se referia e qual sua origem. Tudo o que achei em pesquisas foi vago, dando enorme margem para diferentes interpretações. Porém, uma pesquisa realizada por uma universidade Americana me chamou muito a atenção. Ela mostra que aproximadamente setenta por cento da população diz ter vivenciado alguma forma de déjà vu. Um número maior de incidentes ocorre na faixa etária que fica entre os 15 e os 25 anos. Será que nessa idade o nosso elo com tais universos é mais forte?

O que separa o passado do futuro é a lei da causa e efeito. O efeito existe por que algo anteriormente deu origem ao acontecimento. Isto parece sugerir que os processos causais têm a mesma direção do tempo: vão do passado para o futuro e as causas antecedem os efeitos. Mas será mesmo assim?

O fato é que, passado, presente e futuro são interligados. Com isso poderíamos viajar no tempo? E se pudéssemos o que faríamos? Novas escolhas talvez, coisas diferentes que mudariam nossas vidas obviamente.

Sendo assim, é coerente dizer que o tempo não caminha em uma única direção. Mas sim de forma aleatória movida pela lei da causa e natural da vida, vai do passado para o futuro, com pontos de ligações em nossos elos de vidas paralelas em tempos diferentes, relativos, variável e inconstante denominados déjà vu. Movidos por escolhas distintas, onde em uma delas você pode ser rico, outras pobre, ou simplesmente não existir.

Enquanto nada aqui escrito é conclusivo através de embasamento cientifico. Então fazemos nossas melhores escolhas sempre pensando antes. Afinal, sem filosofia ou ciência a vida real é movida por escolha então escolha como será sua vida. Não podemos ser perfeitos, mas podemos ser melhores.

Quem sou eu? Quem é você?

Quem nós somos? Quem sou eu? Quem é você? O que é um ser humano?

Aristóteles disse que somos animais racionais? O que é ser racional? Levando em conta os demais habitantes do nosso planeta somos os únicos capazes de analisarmos nossas ações, não agindo exclusivamente por instinto.

Quando agimos por impulso, agimos também por instinto? Sendo assim, vivemos cada dia mais irracional. Magoamos por impulso, destruímos vidas por impulso, alguns matam por impulso . Desejos totalmente humanos como; fama, poder, riqueza,avareza, inveja, não seria instintos adquiridos com o passar do tempo?  Então é possível dizer que estamos caindo em declínio constate, a nossas raízes mais sujas e obscuras.

Darwin em sua teoria menciona que, evoluímos para que nos adaptemos ao ambiente em que vivemos. Será que nossas crianças já irão nascer com garras bem afiadas? Ou talvez, nosso organismo desenvolva uma carapaça resistente o bastante para nos salvar das balas perdidas. Infelizmente não viveremos pra vislumbrar tal perfeição da natureza, certamente seremos extintos por bombas nucleares em uma desastrosa terceira guerra mundial.

Entendo plenamente o que Pascal quis dizer quando resumiu o ser humano em um caniço  pensante. Caniço a ponto de achar que; sua religião é a única certa, que seu tipo de cor é soberano, de fazer guerra e destruir vidas por motivos fúteis, de achar que apenas sua forma de fazer as coisas está correta. E a mais idiota de todas, que o ser humano é a única especie inteligente e racional em todo o universo.

Sabe o que somos? Sabe o que eu sou? Sabe o que você é?

Somos parte de um universo complexo e mistérios, diante outros tantos que possivelmente devem existem. Somos Homo sapiens, habitantes do planeta Terra onde a ciência estima que haja 30 milhões de espécies, sendo que apenas 8 milhões foram identificadas. Nosso planeta orbita em torno do Sol, uma estrela que emiti luz e calor. A astrofísica supõe que devem existir 100 bilhões de estrelas iguais ao Sol em nossa galáxia, e que nossa galáxia é apenas uma dentre as 200 bilhões existente no nosso universo.

Somos poeira espacial, a historia da humanidade não corresponde a 0,0000000000001% do que existe e do que sugere nossa ciência e filosofia sobre o espaço-tempo denominado universo.

Quem sou eu? Quem é você? Pra dizer que sua religião é a única certa, que seu tipo de cor é soberano aos demais, que apenas sua forma de fazer as coisas está correta, e pra ser ignorante ao ponto de achar que somos os únicos em todos universo.